Por LUSA
O Presidente cabo-verdiano pediu hoje maior proteção para vítimas de guerra, a par de uma maior defesa do meio-ambiente, numa mensagem à nação que assinala a dupla efeméride de dia da Defesa e da proteção ambiental num contexto global incerto.
“Hoje o mundo vive dias sombrios, incertos e repletos de riscos, ocorrendo episódios graves e reveladores de completo desprezo pela vida, principalmente de mulheres e crianças” referiu José Maria Neves, numa alusão às guerras, pedindo “empatia e compaixão em relação às vítimas”, em linha com “a defesa dos direitos humanos, inscrita na Constituição da República”.
Cabo Verde assinala em 06 de novembro o Dia da Defesa Nacional com um conceito que vai além da esfera meramente militar, para abranger outras ameaças, “unindo as forças vivas em torno de causas nacionais comuns”, como o combate a doenças, à pobreza e a defesa geral dos Direitos Humanos.
“No presente, ainda defrontamos desafios na área da habitação, saúde, saneamento do meio, seca, inflação, precariedade das ligações entre ilhas e outros”, referiu, apontando-os como desafios à defesa, na ótica mais generalista.
“Temos de seguir, juntos, toda a sociedade mobilizada no país e também contar com a disponibilidade da diáspora para a proteção de Cabo Verde. É sempre reconfortante constatar que os cabo-verdianos se engajaram em todas as lutas em defesa desta nação”, acrescentou.
A agenda do chefe de Estado é hoje preenchida com visitas a estruturas da Cruz Vermelha, ao Programa Cabo Verde livre de Malária, do Ministério da Saúde, e a espaços de voluntariado no sistema das Nações Unidas.
Hoje, assinala-se igualmente o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado.
Na mesma mensagem, José Maria Neves usa da qualidade de “champion” da União Africana (UA) para a Preservação do Património Natural e Cultural — distinção daquela organização continental -, para apelar à “boa governança global dos recursos naturais, no quadro da prevenção dos conflitos, manutenção de paz e construção da paz”.
“São os alicerces para um desenvolvimento sustentável, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas, e a África que queremos preconizada na Agenda 2063 da União Africana”, concluiu.