Por LUSA
Um total de 80 militares cabo-verdianos vão integrar uma campanha de pulverização no interior das habitações para reforçar o combate à dengue, a partir de quarta-feira, na cidade da Praia, anunciaram as autoridades.
A ação serve para diminuir o risco de propagação da doença durante a época das chuvas, entre julho e outubro.
Os 80 militares começaram na segunda-feira, na capital do país, uma formação de dois dias, para estarem prontos a trabalhar no concelho da Praia, durante 20 dias.
A presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) de Cabo Verde, Maria da Luz Lima, alertou que a epidemia de dengue no arquipélago ainda não terminou e deve ser travada antes de chegarem as chuvas.
Desde o início da epidemia, em novembro de 2023, o cumulativo de casos confirmados ronda os 700, sem provocar óbitos.
Os municípios de São Filipe e Mosteiros, na ilha do Fogo, e da capital, Praia, têm sido os mais afetados.
A dengue chegou a provocar óbitos “em 2009”, recordou Maria de Luz Lima, na quinta-feira, mas “é uma doença previsível: a prevenção deve ser o foco principal e contamos com a ajuda de todos”, referiu a diretora do INSP, ao dar conta do reforço das campanhas de informação e ações de pulverização.
A prevenção implica acabar com a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando águas paradas, tanto no exterior, como em pequenos recipientes, caso de vasos de plantas ou garrafas.
O armazenamento de água em recipientes destampados, um hábito para prevenir cortes no abastecimento público, deve ser evitado.