Por LUSA
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse que as autoridades vão mitigar os estragos provocados pelo mar na ilha de Santo Antão, ameaçando habitações, enquanto tentam avançar com o projeto de proteção costeira.
“Vamos mitigando e, ao mesmo tempo, trabalhar para o projeto estruturante”, referiu, recordando que o país conta com apoios do Banco Mundial para edificação de infraestruturas com resiliência.
“O projeto está em curso”, mas “exige recursos exigentes. Uma coisa é fazer investimentos no mar, outra é (investir) em terra”, descreveu, assegurando que, “se for necessário”, o país vai “acionar os mecanismos de emergência”.
A forte agitação marítima na ilha de Santo Antão, Cabo Verde, está desde há uma semana a provocar prejuízos na cidade de Tarrafal de Monte Trigo.
O mar entrou em casas, invadiu um campo de futebol e “os pescadores não conseguem ir ao mar”, afirmou Arlindo Santos, delegado municipal, referindo que dez moradias estão em risco.
A situação é recorrente, os habitantes que voltam a habitar no local estão cientes dos riscos, mas a construção de um muro para proteger a zona também é uma promessa antiga.
“Um muro de proteção deve ser construído. Há muitos anos que tem sido falado. Se o mar voltar, como na semana passada, o que temos de fazer é falar com as famílias para ocuparem um outro lugar fora da zona”, concluiu.