Por LUSA
A União Europeia (UE) vai enviar uma missão composta por 130 observadores para as eleições gerais de outubro em Moçambique, anunciou o embaixador europeu em Maputo.
“Esta vai ser a maior missão. Estamos a falar de cerca de 130 observadores”, declarou à comunicação social Antonino Maggiore, à margem de um evento da Missão de Treino da União Europeia na Escola de Fuzileiros na Catembe.
Os observadores, que começam a chegar na próxima semana, vão ser distribuídos pelo país “em linha com um acordo já assinado entre a UE e Moçambique”, com o objetivo observar o “período pré-eleitoral” e, em particular, o dia da votação, 09 de outubro.
“O objetivo desta missão é monitorar a situação no terreno, perceber como as eleições vão acontecer, para poder fornecer uma avaliação, que será apresentada ao Governo, às instituições e ao público moçambicano”, declarou Antonino Maggiore.
Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, cuja campanha eleitoral arranca oficialmente no sábado, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais.
Mais de 17.163.686 eleitores estão inscritos para votar nas eleições gerais de 09 de outubro, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Um total de 37 forças políticas concorrem nas legislativas e provinciais e, à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique), disputam quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder); Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, principal partido de oposição); Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado agora pelo extraparlamentar Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).