Em Marrocos, e em particular nas zonas remotas como a área montanhosa, predominam as casas de construção frágil, tradicionalmente construídas pelas próprias famílias e sem ajuda de qualquer arquiteto; mesmo as casas ou edifícios de betão carecem muitas vezes de uma conceção antissísmica.
De acordo com os especialistas, a construção frágil – feita predominantemente com tijolos de barro e madeira ou cimento e blocos de brisa – levou as estruturas a desmoronarem-se muito facilmente em detritos, sem criar as bolsas de ar que os edifícios de betão com uma construção antissísmica podem proporcionar.
Embora o impacto do total do terramoto, que afetou particularmente áreas remotas, ainda esteja por apurar, o tremor de terra de dia 8 de setembro às 23:11, é o mais mortífero em Marrocos, desde o que destruiu a cidade de Agadir, na costa ocidental do país, em 1960, onde morreram mais de 12 mil pessoas.