A 15.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ficou marcada pelas ausências dos Presidentes da República de Angola, Brasil e Portugal, bem como pela falta de esclarecimentos sobre quem assumirá a presidência da CPLP em 2027.
No encontro desta sexta-feira na cidade de Bissau, esteve além do anfitrião, Umaro Sissoco Embaló, os Presidentes de Timor-Leste, José Ramos Horta, José Maria Neves, de Cabo Verde, Daniel Chapo, de Moçambique e Carlos Vila Nova, de São Tomé e Príncipe.
A cimeira começou com a transição da presidência da comunidade de São Tomé e Príncipe para a Guiné-Bissau para uma presidência com o tema “A CPLP e a Soberania Alimentar: Um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável.
Os países membros elegeram um novo secretário executivo da CPLP para o período de 2025 a 2027, tendo sido escolhida a diplomata e ex-ministra angolana Maria de Fátima Jardim, que substitui-o o timorense Zacarias da Costa.
Das resoluções finais, destaque para o aumento do orçamento do secretariado-executivo para 3,5 milhões de euros em 2026.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa atribuiu ainda a categoria de observador associado à Austrália e registou “com interesse” novas candidaturas, como a da Ucrânia.
Por anunciar ficou o país que assumirá a próxima presidência da CPLP em 2027, estando de um lado a Guiné- Equatorial, país que na discussão à porta fechada reclamou para si a presidência entre 2027 e 2029, afirmando ser a sua vez, e do outro lado, o Brasil que também já assumiu uma candidatura.
A decisão foi adiada para uma próxima reunião, mas nem isso foi comunicado no final dos trabalhos que se atrasaram mais de duas horas.