Por LUSA/RTP
O Presidente de São Tomé e Príncipe defende que deve ser encontrada “a melhor solução” para os santomenses afetados pela demolição de construções ilegais num bairro de Loures, acrescentando que devem também ser respeitadas as leis portuguesas.
“O que importa neste momento é criar condições, acompanhar o melhor possível estes cidadãos para que se encontre a melhor solução possível para os casos deles”, frisou Carlos Vila Nova, em declarações transmitidas pela RTP depois de questionado sobre as operações de demolição de barracas e habitações ilegais em Loures, distrito de Lisboa.
O Presidente santomense destacou esperar informações oficiais, apontando para a sensibilidade de um processo que já tem “algum tempo”.
“É preciso acompanharmos e neste momento dar proteção, tentar perceber e ajudar os cidadãos”, vincou, destacando que devem ser respeitadas “as leis e a cultura dos países de acolhimento”.
As autarquias de Loures e Amadora promoveram esta semana operações de demolição de barracas e habitações ilegais, desalojando várias famílias nos dois concelhos.
Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 barracas, onde vivem 161 pessoas, no Bairro do Talude Militar.
No primeiro dia foram demolidas 51 construções, tendo a suspensão das operações sido decretada no segundo dia pelo Tribunal Administrativo de Lisboa na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.
Na Amadora, na Estrada Militar da Mina de Água, no antigo bairro de Santa Filomena, está prevista a demolição da totalidade das 22 construções ilegais, onde viviam cerca de 30 adultos e 14 crianças e jovens.