Por LUSA
Nove pessoas foram raptadas nos últimos 14 meses em Moçambique e 42 pessoas foram detidas por envolvimento neste tipo de crimes, disse hoje no parlamento o ministro do Interior, Pascoal Ronda.
“De janeiro de 2023 a março de 2024, a PRM (Polícia da República de Moçambique) e o Sernic (Serviço Nacional de Investigação Criminal) registaram nove casos de raptos consumados e seis frustrados”, afirmou Ronda.
Sete das novas pessoas raptadas no período em alusão foram libertadas, avançou o ministro do Interior, sem entrar em detalhes sobre as circunstâncias do resgate das vítimas, nem em relação à situação das outras duas pessoas.
Pascoal Ronda adiantou que 42 pessoas foram detidas por alegado envolvimento nos raptos ocorridos entre janeiro de 2023 e março deste ano, incluindo três sul-africanos e 39 moçambicanos.
Foram também apreendidas quatro armas de fogo e quatro viaturas e desmantelados dois esconderijos prosseguiu Ronda.
“A tipologia do crime de rapto é um dos mais complexos e é cometido com recursos mais subtis”, enfatizou.
O ministro do Interior defendeu ser “indispensável” a aprovação de uma lei especial sobre raptos, para tornar mais eficaz o combate a este tipo de delitos.
Em 2023, o Governo moçambicano já tinha anunciado a formação de uma unidade anti-raptos, mas são desconhecidos os avanços na instalação desta força.
Hoje no parlamento, o ministro di Interior também reforçou o imperativo de aprovação da revisão das leis da PRM e do Sernic, para dotar estas instituições de organização e capacidade de luta contra a criminalidade organizada e transnacional.
Pascoal Ronda avançou que o Governo vai propor dentro em breve ao parlamento a revisão das leis da PRM e do Sernic.
Ronda sublinhou a importância da cooperação internacional para a luta contra delitos transnacionais.
Sobre o combate ao tráfico de drogas, foram apreendidos no último ano 3.386 quilos de haxixe, 603 quilos de heroína, 205 quilos de metanfetamina e 50 quilos de cocaína e detidas 32 pessoas, adiantou o governante.
“Apesar dos esforços que temos empreendido no combate ao tráfico de drogas, temos enfrentado desafios associados à insuficiência de meios adequados para a proteção e fiscalização da nossa costa marítima”, frisou Pascoal Ronda.