POR LUSA
Pelo menos 22 autocarros articulados chegaram no sábado a Moçambique para reduzir a crise de transporte na região metropolitana de Maputo, a capital do país, região que enfrenta problemas de mobilidade, anunciou hoje fonte oficial.
“Os autocarros têm capacidade de transporte de 150 passageiros sentados, o que permite retirar de uma única vez a quantidade que seria transportada por cerca de 10 viaturas de 15 lugares”, disse Ambrósio Sitoe, secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique, citado hoje pela comunicação social local.
Segundo o responsável, a alocação dos autocarros articulados, que começam a circular em janeiro de 2024, visa reduzir também as enchentes nas paragens que se verificam, maioritariamente, nas horas de ponta em Maputo.
A aquisição dos autocarros resulta de uma parceria entre o Governo moçambicano e uma empresa sul-africana, país vizinho, e deverão servir a seis rotas da capital.
“Isto resolve alguns desafios e prioridades estratégicas do setor dos transportes (…) Este é o princípio de um processo que o ministério está a fazer no sentido de resolver aquilo que é o desafio da mobilidade urbana na área metropolitana do grande Maputo”, referiu Ambrósio Sitoe.
A área metropolitana de Maputo, com cerca de três milhões de habitantes, cobre o distrito de Marracuene e os municípios de Maputo, Matola e Boane, concentrando “mais de 70% do parque automóvel de todo o país”, segundo dados do Ministério dos Transportes.
O setor de transportes em Moçambique constitui um dos mais deficitários ao nível dos serviços públicos no país, principalmente o transporte rodoviário, onde a crise de meios desencadeou o recurso a veículos de caixa aberta, jocosamente conhecidos por ‘my love’, dada a proximidade física com que os passageiros viajam na caixa de carga de mercadorias e a necessidade de, por vezes, se abraçarem para não caírem à estrada.