Por LUSA
Pelo menos 13 morreram e outras sete desapareceram na sequência de ataques de animais selvagens em 2024 na província de Tete, centro de Moçambique, disse hoje fonte oficial.
Em declarações à Lusa, o comandante da polícia Costeira, Lacustre e Fluvial de Tete, Cachimo Carimo, explicou que as mortes resultam de ataques de crocodilos, principalmente, no distrito de Cahora Bassa, no centro-sul da província.
“Registamos ainda sete desaparecidos, decorrentes dos ataques de animais, os quais os corpos ainda não foram encontrados”, referiu, acrescentando que a província registou uma redução de cerca de 15 casos, em relação a 2023.
Em outubro, a Lusa noticiou que o número de mortos devido a ataques de animais selvagens quase triplicou num ano, chegando a 159 vítimas em 2023, segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE).
No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalha que o número de óbitos foi de 58 no ano anterior e de 56 em 2021, mas de 97 em 2020 e de 42 em 2019.
Mais de metade das vítimas mortais destes ataques no ano passado concentrou-se na província de Tete (70), seguindo-se a Zambézia (31), segundo os dados do INE, que referem ainda que só as províncias de Sofala e de Nampula não registaram óbitos.
Só a província de Tete soma 137 mortos desde 2019, de acordo com o histórico do INE.