Por LUSA/RTP
O Governo moçambicano concedeu tolerância de ponto, na quarta-feira, aos trabalhadores dos setores público e privado em todo o país para “permitir a sua participação” nas eleições gerais, foi hoje anunciado.
A decisão foi tomada pela ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, de acordo com um comunicado, esclarecendo que o “direito à suspensão do trabalho não abrange os trabalhadores que exerçam atividades que, pela sua natureza, não possam sofrer interrupção”.
“Contudo, embora desempenhem funções que, por sua natureza, não possam sofrer interrupção, o empregador deve assegurar a dispensa necessária aos trabalhadores para que possam exercer o seu direito de voto”, lê-se no comunicado.
Moçambique realiza esta quarta-feira as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, indicam dados da Comissão Nacional de Eleições moçambicana.
As eleições vão contar com mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país (180.075) e fora do país (4.436).
Em Moçambique, no dia da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto no país e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.