Por LUSA/RTP
Dois pescadores morreram na sequência do naufrágio de uma canoa no distrito de Muanza, na província de Sofala, centro de Moçambique, disse hoje à Lusa a polícia moçambicana.
“Na embarcação seguiam 12 pescadores, dez dos quais foram resgatados com vida”, disse Roberto Selemane, chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala.
O naufrágio ocorreu na madrugada de domingo, quando os 12 homens fizeram-se ao mar para pescar, referiu o porta-voz, apontando a inobservância de regras de segurança marítima e o mau tempo como prováveis causas causas do incidente.
No norte de Moçambique, concretamente em Nampula, pelo menos sete pessoas morreram no primeiro semestre deste ano vítimas de naufrágios e outros incidentes marítimos no distrito de Angoche, em Nampula, anunciaram as autoridades locais, pedindo a tomada de medidas de precaução.
“É preciso obedecer a lotação da embarcação para evitar o número de acidentes no mar, é o que temos sempre aconselhado. Lidar com o mar não é tarefa fácil”, disse Temóteo Tambala, administrador marítimo de Angoche, citado hoje pela comunicação social local.
Na mesma província, em 7 de abril, pelo menos 98 pessoas morreram num naufrágio ocorrido com uma embarcação de pesca saía do posto administrativo de Lunga, no distrito de Mossuril, com destino à Ilha de Moçambique.
Das 98 pessoas que perderam a vida no local, 55 eram crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes.
O Conselho de Ministros decretou luto nacional de três dias na sequência do acidente, com vários países parceiros de Moçambique a manifestarem solidariedade face à tragédia.
De acordo com as autoridades marítimas em Nampula, a embarcação de pesca, na qual seguiam 130 pessoas, não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente.