Por LUSA
Moçambique prevê elevar no próximo ano a 63% a taxa de cobertura da população com água potável, destinando 2,7% da despesa pública total para água e saneamento, segundo dados oficiais a que a Lusa teve acesso.
Nos documentos de suporte à proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para 2024, em discussão no parlamento, o Governo prevê garantir essa taxa de cobertura com a construção de 151 sistemas de abastecimento de água, mas igualmente através da “reabilitação e estabelecimento de 22.660 ligações domiciliárias nas cidades e vilas” e pela “abertura de 1.715 fontes de água” em todo o país.
Essa cobertura, na previsão do Governo, passa por alcançar uma taxa de 58% de população que vive nas zonas rurais “com fonte de água segura” e 84% nas zonas urbanas. Sobre a cobertura de saneamento, o objetivo é alcançar 36% da população que vive nas zonas rurais com acesso a um serviço “adequado” e 61% nas zonas urbanas.
Na alocação da despesa pública prevista para 2024 por cada um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Governo moçambicano reservou quase 12.289 milhões de meticais (175,8 milhões de euros), equivalente a 2,7% do total, para Água potável e Saneamento (ODS 6), contra 6.111 milhões de meticais (87,5 milhões de euros), equivalente a 1,5% da despesa total, em 2023.
Definidos pela Organização das Nações Unidas, a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são a visão comum para a Humanidade, um contrato entre os líderes mundiais e os povos e “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”, explica a instituição.
Para o ODS 1, relativo à Erradicação da Pobreza, Moçambique reservou no próximo ano 22,7% do total da despesa pública, equivalente a 104.367 milhões de meticais (1.493 milhões de euros), contra 27,4% este ano, no valor de 110.013 milhões de meticais (1.574 milhões de euros).