Por LUSA
As consultas externas garantidas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Moçambique caíram 25% em quatro anos, para pouco mais de 33,8 milhões em 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o Anuário Estatístico do INE, recentemente concluído e ao qual a Lusa teve hoje acesso, o total de consultas externas asseguradas pelos hospitais públicos em Moçambique passaram de 44.651.685, em 2018, para 33.856.674, em 2022. Em 2021, as unidades sanitárias moçambicanas garantiram 30.896.678 consultas externas.
Só na cidade de Maputo realizaram-se em 2022 um total de 1.573.543 consultas externas, neste caso uma redução de 37% face às 2.473.069 em 2018.
Ainda segundo o mesmo anuário, o número de internamentos em unidades hospitalares em 2022 foi de 4.451.207 pacientes, um crescimento face aos 4.109.881 em 2018, enquanto os partos realizados no SNS subiram, em quatro anos, de 1.061.631 para 1.310.326.
Em termos de vacinação, o SNS garantiu em 2022 a vacinação de 26.990.863 pessoas, um aumento de quase um milhão de pessoas no espaço de quatro anos.
O Governo moçambicano anunciou em novembro que pretende ter o apoio de médicos e enfermeiros brasileiros face às necessidades do programa estatal que prevê a construção até 2030 de um hospital em cada distrito do país.
De acordo com informação disponibilizada pelo Ministério da Saúde, o ministro da tutela, Armindo Daniel Tiago, realizou naquela altura uma visita de trabalho, no âmbito da cooperação bilateral, prevendo a assinatura de “diversos acordos que visam, entre outros, responder, através de soluções inovadoras, aos desafios com que o setor se debate no país”.
“São parte dos desafios do setor de saúde moçambicano e que vão corporizar os acordos a serem rubricados pelos setores de saúde dos dois Estados, o estabelecimento de parcerias para a formação acelerada de médicos especialistas, estabelecimento de indústria farmacêutica, biotecnologia em saúde entre outros”, explicou na ocasião o Ministério da Saúde.
“Os acordos a serem alcançados nesta visita para área de formação vão permitir o envio de médicos moçambicanos ao Brasil e, também, da vinda de especialistas brasileiros para a formação de médicos especialistas em Moçambique”, acrescentou.