Por LUSA
O consórcio indiano ICVL prevê investir mais de 150 milhões de dólares para duplicar para quatro milhões de toneladas a produção de carvão nas concessões que detém em Moçambique, foi hoje anunciado.
Citado pela imprensa indiana, Amarendru Prakash, presidente do conselho de administração da SAIL, uma das empresas estatais indianas deste consórcio, avançou que o investimento projetado para Moçambique “será na ordem dos 150 a 200 milhões de dólares”.
Os ativos de carvão do Grupo ICVL estão situados na província moçambicana de Tete, através da Minas de Benga e da ICVL Zambeze, duas sociedades constituídas localmente.
De acordo com informação do próprio grupo, a Minas de Benga detém uma mina de carvão em operação, no distrito de Moatize, enquanto a ICVL Zambeze detém uma concessão mineira em parte na cidade de Tete e no distrito de Moatize, além de outras quatro concessões mineiras na zona este de Tete.
As duas sociedades são detidas pelo consórcio International Coal Ventures Limited (ICVL), que compreende três acionistas, todas empresas fabricantes de aço na Índia e detidas pelo Estado indiano, casos da SAIL, da NMDC e da RINL.
A mina de carvão de Benga, a céu aberto e com reservas comprovadas de 236 milhões de toneladas de carvão, começou a operar no final de 2012 e possui uma unidade de manuseamento e processamento de carvão de “última geração”, segundo a ICVL.
O carvão produzido é transportado por comboios propriedade da ICVL até ao porto da Beira, província de Sofala, numa distância de cerca de 590 quilómetros, possuindo a empresa uma frota de 15 locomotivas e 310 vagões com capacidade média de transporte de 62 toneladas para transporte de carvão da mina até ao porto.
“A frota de locomotivas e vagões é capaz de transportar mais de 1,6 milhões de toneladas de carvão por ano”, destaca a ICVL.