Alicora Ntutunha diz que os ataques terroristas estão a acontecer cada vez mais perto da vila sede, da província moçambicana de Cabo Delgado e que o município não consegue apoiar os milhares de deslocados.
À vila de Chiúre chegam diariamente centenas de deslocados, percorrendo distâncias entre 12 e 60 quilómetros, por vezes até três dias a pé, à procura de refúgio, enquanto outros tentam passar o rio Lúrio, para a província de Nampula.
As estimativas oficiais de deslocados na vila aproximam-se das 20 mil pessoas, numa localidade com 75 mil habitantes.
O autarca de Chiúre diz que o município pouco consegue fazer para socorrer estas pessoas, alojadas em casas de familiares ou nas poucas tendas instaladas em três escolas, além instalar coberturas ou lonas para proteção das chuvas.
Dados das autoridades moçambicanas e de organizações internacionais apontam para cerca de 70 mil deslocados provocados pela atual vaga de ataques no sul da província de Cabo Delgado, desde dezembro, mas que se intensificaram nas últimas três semanas.