Por LUSA
O governo da província de Cabo Delgado manifestou-se preocupado com a morosidade na reconstrução das unidades de saúde destruídas pelo terrorismo devido à situação de insegurança na região de Pemba.
“A questão de segurança e estabilidade preocupa a todos nós e, principalmente, aos parceiros para implementação deste projeto de reconstrução. Foram feitas várias tentativas para o levantamento de unidades sanitárias no pacote de reconstrução, mas infelizmente até agora não foram garantidas as condições de segurança”, disse Magid Sabune, diretor provincial da saúde, em declarações à comunicação social na cidade de Pemba, à margem de um conselho coordenador do setor da Saúde em Cabo Delgado.
Mais de 10 centros de saúde foram destruídos pelos terroristas nos distritos de Macomia, Quissanga, Mocímboa da Praia e Muidumbe, entre os mais afetados pelas incursões rebeldes que afetam a província desde 2017.
Para assistência às populações que estão a regressar às suas zonas de origem em função da gradual estabilização da situação, o setor saúde tem optado por usar brigadas móveis, enquanto aguarda a melhoria do ambiente da segurança para o processo de reconstrução.
Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
A população de outros distritos da província tem relatado a movimentação destes grupos de insurgentes, que provocam o pânico à sua passagem, nas matas, mas sem registo de confrontos, numa altura em que os camponeses tentam realizar trabalhos de colheita nos campos.