Por LUSA
Especialistas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se entre hoje e 16 de maio em Luanda para o 1.º Congresso de Bancos de leite Humano da CPLP para trocar experiências e conhecimentos técnicos e científicos.
O congresso, que visa refletir sobre a “Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional para Recém-Nascidos de Risco e Lactentes”, é promovido pelos governos de Angola e do Brasil em parceria com o Secretariado Executivo da CPLP, segundo uma nota de imprensa do Ministério da Saúde.
Os bancos de leite humano representam uma estratégia para proteger e apoiar o aleitamento materno, envolvendo a recolha, processamento e distribuição de leite para bebés prematuros ou de baixo peso que não podem ser alimentados pelas mães, além de oferecer suporte e orientação ao aleitamento materno.
O Brasil lidera a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, combinando baixo custo com alta qualidade e tecnologia, uma rede partilhada com mais de 20 países na América Latina, Caribe e Europa.
Angola juntou-se em novembro de 2019 à lista de países africanos que contam com Bancos de Leite Humano, inspirados no modelo brasileiro, tornando-se o quarto pais da CPLP a implementar um centro deste género, localizado na Maternidade Lucrécia Paim, com capacidade de armazenar 100 litros de leite por mês.
Até finais de maio do ano passado tinham sido recolhidos 206,5 litros de leite, que beneficiaram mais de 1.600 bebés, segundo a agência de notícias angolana Angop.
As atividades do pré-congresso iniciam-se hoje com um encontro em que mulheres vão partilhar a sua experiência na doação de leite.