Por LUSA
A Guiné-Bissau só precisa neste momento de quadros nos domínios da agronomia, veterinária e eletrotecnia e conta com os apoios dos parceiros internacionais para a sua formação, afirmou hoje o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado guineense fez esta observação no seu discurso nas cerimónias do Dia Mundial da Alimentação, hoje celebrado na granja de Pessube, em Bissau, perante vários membros do Governo e diversas agências das Nações Unidas e do representante da União Europeia.
Umaro Sissoco Embaló afirmou que desde que é Presidente nunca pede bolsas de estudos para jovens guineenses que não seja para se formarem naquelas três áreas.
“Faz pena hoje constatar que os nossos jovens que entram para a universidade, só pensam em cursar em Direito, Ciências Políticas ou Relações Internacionais. Eu só peço bolsas em todos os países amigos para Agronomia, Veterinária e Eletrotécnica. Isso é que é o nosso futuro”, observou Embalo.
O chefe de Estado guineense dirigiu-se, por isso, aos representantes da União Europeia e de diversas agências das Nações Unidas presentes na cerimónia para lhes dizer que a Guiné-Bissau “só precisa de quadros em agronomia, veterinária e eletrotecnia” para se desenvolver.
“Hoje não temos nenhum engenheiro agrónomo com 30 anos”, afirmou Embalo, referindo-se à idade avançada de quadros do país nesse setor.
O Presidente guineense notou que formar um médico veterinário “é ajudar o desenvolvimento de outros setores”, nomeadamente a saúde pública, dando o exemplo dos cuidados que aquele técnico terá com a carne para o consumo da população.
Umaro Sissoco Embaló assinalou que o Presidente do Paraguai, país onde esteve recentemente em visita de trabalho, disponibilizou-se a oferecer “entre 10 e 20 bolsas de estudos” para jovens guineenses nas áreas da agronomia e veterinária.
“É o que espero também da União Europeia”, frisou Embaló.
O chefe de Estado guineense defendeu que quem quer cursar Direito ou Ciências Políticas que o faça nas universidades do país.
Em relação à data, Umaro Sissoco Embaló defendeu que o Dia Mundial da Alimentação convoca a humanidade a “combater a fome e a erradicação da pobreza”, como uma das “mais nobres tarefas reclamadas pela consciência” humana.
O Presidente observou que a “persistência da fome e da guerra” não são amigas da paz e da estabilidade política em qualquer país.