Por LUSA
Os governos de Cabo Verde e Portugal juntam-se hoje às Nações Unidas numa cerimónia, na cidade da Praia, para anunciar a entrada do arquipélago no Acelerador Global das Nações Unidas sobre o Trabalho e Proteção Social.
O anúncio oficial desta adesão será feito num evento presidido pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, contando com a participação da ministra do Trabalho de Portugal, Ana Mendes Godinho, e da coordenadora residente das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia Sousa.
“Esta iniciativa global, coordenada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem como objetivo fomentar a recuperação do emprego e a criação de, no mínimo, 400 milhões de empregos dignos” a nível global, “além de expandir a proteção social para as populações até então excluídas”, anunciou o Governo cabo-verdiano, em comunicado.
Cabo Verde e Portugal subscreveram há 10 dias uma candidatura às Nações Unidas para, no âmbito deste programa acelerador, apoiar um projeto de formação profissional.
Trata-se de uma iniciativa de formação orçada em quatro milhões de euros, a dois anos, para abranger 2.000 pessoas.
A qualificação vai abordar áreas classificadas como essenciais para Cabo Verde e para Portugal, formando capital humano para o país, mas que também possa casar com interesses de empresas portuguesas, anunciaram os promotores.
O projeto abrange as energias renováveis, economia digital, áreas sociais, turismo, metalomecânica, mecatrónica e construção civil, entre outras.
O Governo de Cabo Verde tem ainda a ambição de que o projeto com Portugal ajude a fazer do arquipélago “um centro de formação para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, disse, na altura, o vice-primeiro-ministro Olavo Correia.
Os promotores esperam que o projeto comece a receber os primeiros formandos ainda este ano.
Fazem parte da CPLP nove países: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.