Cabo Verde, em primeiro, e São Tomé e Príncipe, em terceiro, estão entre os países mais bem classificados em África no que diz respeito aos direitos políticos e liberdades civis, surgindo Angola como “não livre”, no relatório divulgado hoje pela Freedom House.
As Maurícias são o segundo país mais bem classificado de África, de acordo com a 51.ª edição anual do relatório “Freedom in the World” (“Liberdade no Mundo”), divulgado pelo ‘think tank’ (grupo de reflexão) sedeado em Washington, que no caso do continente africano destaca o declínio da liberdade pelo décimo ano consecutivo.
“A liberdade em África diminuiu pelo décimo ano consecutivo em 2023, devido a conflitos armados, golpes militares e irregularidades eleitorais”, considera a Freedom House.
A Freedom House destaca que, de um modo geral, a liberdade em África diminuiu, uma vez que 14 países registaram uma diminuição da pontuação contra cinco que registaram melhorias.
O Níger registou a descida mais acentuada da pontuação, -18 pontos), depois de as forças militares terem deposto o Governo eleito e a Libéria averbou a maior melhoria da pontuação, mais quatro pontos, no continente.
O relatório inclui pontuações e relatórios nacionais pormenorizados sobre os direitos políticos e as liberdades civis de 195 países e 15 territórios em todo o mundo.
Relativamente aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Angola e a Guiné Equatorial são classificados como “não livres”, a Guiné-Bissau e Moçambique como “parcialmente livres” e Cabo Verde e São Tomé e Príncipe como “livres”.
Sudão do Sul, Eritreia, Guiné Equatorial e República Centro-Africana são os países com a classificação mais baixa do continente.
O relatório refere que apenas 7% das pessoas em África vivem em países livres, enquanto 50% vivem em países não livres.