Por LUSA
O Governo cabo-verdiano garantiu que o país está preparado para combater pragas na nova campanha agrícola, com pesticidas já armazenados, métodos naturais reforçados e 300 técnicos aplicadores formados a nível nacional.
“Os pesticidas já estão nos armazéns. Foram formados 300 aplicadores fitossanitários que, juntamente com as delegações, poderão reforçar a equipa” face a pragas que possam vir a surgir durante a campanha agrícola, que decorre até novembro, afirmou Anita Carvalho, diretora geral de Agricultura, Silvicultura e Pecuária.
A responsável falava em conferência de imprensa, na Praia, para apresentação das previsões para a campanha 2025-2026, referindo que estão disponíveis equipamentos de proteção individual, pulverizadores e produtos para tratamento durante toda a campanha agrícola de sequeiro.
Além dos produtos químicos, o Governo vai usar cada vez mais métodos naturais.
Estes incluem os inimigos naturais que atacam as pragas, especialmente para as mais comuns como gafanhotos, lagartas e o percevejo verde, conhecido em Cabo Verde por “tartaruga”.
O país dispõe de três unidades onde são produzidos os inimigos naturais que, nalgumas situações, são usados em conjunto com produtos biológicos, principalmente no cultivo do milho.
A única praga que ainda exige pesticida químico é o percevejo verde, mas estão a ser feitos estudos para usar também soluções naturais.
“A produção é feita ao longo do ano e nós intensificamos (o processo) durante a época agrícola. Temos feito previsões para ir de encontro à procura”, acrescentou.
Para esta campanha, o Governo vai distribuir 24 toneladas de sementes como milho e feijão, sobretudo para as zonas mais necessitadas.
Serão ainda entregues 30.000 plantas fruteiras, 320.000 estacas de batata-doce e mandioca e cerca de 26.750 plantas florestais.
O valor total da campanha agrícola é de 44,5 milhões de escudos (cerca de 403.5 mil euros).
Com estas ações, o Governo quer aumentar a produção, melhorar a alimentação das famílias, garantir rendimentos aos agricultores e recuperar zonas florestais degradadas.