POR LUSA
Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestaram “perplexidade” com as bênçãos a “casais irregulares” e determinaram que não sejam realizadas nestes dois países porque “criariam um enorme escândalo e confusão entre os fiéis”.
“A respeito das bênçãos informais a ‘casais irregulares’ (homossexuais), embora seja um sacramento diverso da bênção litúrgica, consideramos que, no nosso contexto cultural e eclesial, criariam um enorme escândalo e confusão entre os fiéis, pelo que determinamos que não sejam realizadas em Angola e São Tomé”, referem num comunicado.
O comunicado da CEAST reage assim à recente sugestão do Papa Francisco de se de dar a bênção a casais do mesmo sexo, sem transmitir “a conceção errada do casamento”, afirmando ainda que os padres não se podem tornar juízes.
Segundo a CEAST, a sua posição tem como suporte a declaração ‘Fiducia Supplicans’, que consideram suficiente para orientar o discernimento prudente e paterno dos ministros ordenados” no que respeita às bênçãos dos casais do mesmo sexo, argumentando ainda que “o documento não impõe qualquer linha uniforme”.
Os bispos defendem que a resposta dada pela congregação para a doutrina da fé, no dia 22 de fevereiro de 2021, sobre o tema, é uma prudente opção, “pois ela orienta a acompanhar com caridade pastoral os fiéis que vivem nestas complexas situações e lembra que a igreja “não abençoa e nem pode abençoar o pecado”.