Por LUSA
Angola vai realizar, a 22 e 23 de novembro próximo, a segunda edição da Conferência e Exposição Internacional de Minas, com mais de 600 participações previstas e foco no “Desenvolvimento de Recursos Minerais, Sustentabilidade e Desafios”.
Segundo o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, são esperados participantes de vários países africanos e europeus, como a República Democrática do Congo, a África do Sul, a Namíbia, o Botsuana, o Zimbabué, Portugal, Reino Unido, França e Alemanha.
Com uma periodicidade bianual, a conferência “reflete o compromisso do Governo angolano de diversificar os recursos minerais do país, melhorar a paisagem mineral e atrair mais investimento estrangeiro”, acrescentou.
Questionado sobre o nível de satisfação relativamente à captação de investimentos, Jânio Corrêa Victor disse que Angola não está dissociada da conjuntura mundial difícil, sublinhando que os recursos financeiros atualmente são escassos para se investir na economia como em anos anteriores, não sendo exceção o setor petrolífero e o mineiro.
“Nós estamos a trabalhar e, com isso, nós, no mandato passado, conseguimos trazer para cá uma série de empresas multinacionais, que estão neste momento a entrar no nosso país. Temos em carteira trazer mais algumas”, referiu o governante angolano escusando-se a adiantar quais as novas empresas que vão fazer parte do setor.
Jânio Corrêa Victor salientou que o Governo continua a apelar às empresas privadas nacionais que invistam no setor mineiro, destacando a presença da banca em eventos como estes para um melhor conhecimento do setor, “quebrar barreiras e permitir o contacto entre os operadores nacionais privados e a banca”.
“É um setor de risco, com custos de investimento intensivo, mas o setor privado nacional é convidado a investir no nosso país”, disse.
O secretário de Estado para os Recursos Minerais de Angola frisou que a feira visa também dar destaque ao país, que, apesar de ter recursos minerais em quantidade e qualidade, alguns dos quais já conhecidos, está ainda a dar “os primeiros passos” em termos de desenvolvimento da potência mineira.
A cerimónia de abertura, que deverá contar com a presença do Presidente angolano, João Lourenço, numa das sessões principais vai explorar a “Visão de Angola para o Desenvolvimento Sustentável de Recursos Minerais”.
O evento deverá contar com a participação de Vusi Mabena, secretário executivo da Associação da Indústria Mineira da África Austral (MIASA), de João Luis Ngimbi, diretor executivo do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento, e de Sonia Essobmadje, diretora de Mercados Financeiros e de Capitais Inovadores.
A conferência vai dar especial destaque às inovações tecnológicas existentes para aumentar a produção de forma sustentável e ambientalmente responsável, explorando também as últimas tendências e como a tecnologia pode aumentar a eficiência, reduzir o impacto ambiental e garantir a segurança dos trabalhadores.