Por LUSA
O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) angolano facilitou acesso ao crédito a 216 empresas no país, em 2023, representando cerca de 106 mil milhões de kwanzas (118 milhões de euros), anunciou a instituição.
A informação foi transmitida pelo presidente do conselho de administração do FGC, Luzayadio Nsimba, dando nota que a facilitação do acesso ao crédito teve como foco o fomento da produção nacional.
De acordo com a agência Angola Press, o setor da agricultura liderou a lista das garantias emitidas, em 2023, com 74 projetos, seguida das pescas, indústria transformadora, pecuária e serviços de apoio ao setor produtivo.
No final da cerimónia de assinatura de um memorando com o Banco Yetu, o responsável deu a conhecer que a instituição que dirige prevê emitir 1.000 garantias de crédito em 2024, exortando os promotores a aderirem à facilidade de crédito do Estado angolano, por via do FGC.
O memorando assinado, em Luanda, entre o FGC e o Banco Yetu visa a concessão de garantia de crédito de até 200 milhões de kwanzas (223 mil euros) às micro, pequenas e médias empresas, bem como às cooperativas e empreendedores singulares.
Com uma cobertura de risco de até 90%, o montante sob gestão do banco comercial deve financiar projetos das empresas, visando “promover a produção nacional e com isso reduzir a fome, a pobreza e o desemprego” no país, argumentou o responsável.
“Este protocolo vai facilitar o acesso ao crédito às micro, pequenas e médias empresas e também às cooperativas e empreendedores singulares, o que o FGC tem estado a fazer ao longo dos últimos anos é facilitar o acesso ao crédito e esta também é a razão da criação do FGC”, disse Luzayadio Nsimba.
O instrumento assinado, por intermédio da Linha de Apoio aos Projetos Sustentáveis (LAPS), delineado pelo FGC, deve cobrir a insuficiência de garantias reais ao setor, como salienta a administração do fundo.
Nsimba anunciou, igualmente, que o FGC ressarciu aos bancos comerciais, em 2023, cerca de 8 mil milhões de kwanzas (8,9 milhões de euros), como pagamento do risco assumido em projetos acionados e que não tiveram êxito no âmbito do Angola Investe.
O administrador do Banco Yetu, João Ferreira, disse, na ocasião, que a unidade bancária vai disponibilizar crédito aos seus clientes de acordo a apetência e projetos que forem apresentados no banco.
“Todos os créditos que cumprirem os pressupostos devem ser viabilizados, nós temos que atingir uma cifra de 20 garantias por semana e penso que vamos conseguir”, frisou.