Por LUSA
Angola registou, no primeiro trimestre de 2025, um ‘superavit’ comercial de 3,2 mil milhões de euros, apesar da queda de 4,8% nas exportações e de um aumento significativo de 34,7% nas importações em termos homólogos.
Os dados, que apontam para um ‘superavit’ comercial de 3,33 biliões de kwanzas (cerca de 3,2 mil milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, constam no boletim das Estatísticas do Comércio Externo, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola.
As exportações foram dominadas pelo petróleo, com a categoria “combustíveis minerais” a representar 93,18% do total, enquanto as importações foram dominadas por máquinas e aparelhos (24,64%), combustíveis (16,77%) e metais comuns (11,86%).
Os produtos alimentares representaram 9,06% do total importado por Angola.
A queda de 4,8% nas exportações angolanas resultou, sobretudo, de uma redução de 17% no saldo da conta de bens, refletindo a menor procura global e descida dos preços internacionais do petróleo.
No que diz respeito aos parceiros comerciais, Portugal destacou-se como o segundo maior fornecedor europeu de Angola, responsável por 10,06% das importações angolanas no trimestre, atrás da China (16,81%).
No total, a Ásia foi responsável por 42% das importações, seguida da Europa (38%) e da América Central e do Sul (8,5%).
A Ásia também liderou do lado das exportações, absorvendo 75% do total, com a China a manter-se como o principal destino (52,54%), seguida pela Índia (8,32%), Espanha (5,88%) e Emirados Árabes Unidos (5,47%).
As exportações para a Europa representaram 16% do total das vendas angolanas enquanto África não foi além dos 5,7%.
A Nigéria absorveu 39,6% das exportações angolanas para o continente e a África do Sul 33,6%.
Por sua vez, a nível do continente, Angola importou sobretudo da África do Sul (46,4%) e do Togo (34,3%).
Os dados indicam ainda que a cobertura da balança comercial diminuiu de 202% para 188%, sinalizando uma menor capacidade de as exportações financiarem as necessidades de importação.