Por LUSA
O clima económico das empresas em Angola revelou-se “desfavorável” no quarto trimestre de 2024, tendo refletido uma tendência negativa e uma evolução menos favorável em relação ao período homólogo, segundo inquérito do INE angolano.
Apesar de o Indicador de Confiança “ter-se mantido acima da média da série histórica”, o clima económico no quarto trimestre de 2024 revelou-se “desfavorável, refletindo uma tendência negativa e uma evolução menos favorável” face ao mesmo período do ano anterior, segundo o Inquérito de Conjuntura Económica às Empresas referente ao quarto trimestre de 2024 em Angola.
O estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, a que a Lusa teve acesso, refere que a conjuntura resultou, em grande medida, do impacto negativo da confiança registada nas indústrias extrativas e nos transportes, que evoluíram “desfavoravelmente” em comparação com o trimestre homólogo.
De acordo com o inquérito, a conjuntura económica no período foi, em contrapartida, favorável para os setores da construção e da comunicação, com os indicadores de confiança a apresentarem “tendência positiva e evolução favorável” em comparação com o trimestre homólogo e permaneceram acima da média.
Também o indicador de confiança do setor da indústria transformadora evoluiu favoravelmente em comparação com o trimestre homólogo e permaneceu acima da média.
A insuficiência da procura, as dificuldades financeiras, o excesso de burocracia e regulamentações estatais, foram os principais constrangimentos registados no setor do turismo. As dificuldades em encontrar pessoal com formação apropriada e os preços de venda demasiado elevado, similarmente limitaram as empresas desse setor, sublinha o INE.
A conjuntura económica nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024 “foi favorável” para o setor do comércio, “pois o indicador apresentou tendência positiva e evoluiu favoravelmente em relação ao trimestre homólogo”.
De acordo com os empresários, os produtos comercializados foram maioritariamente de origem nacional, segundo o inquérito, assinalando que dificuldades financeiras, o excesso de burocracia e a insuficiência da procura foram os principais constrangimentos reportados no setor do comércio.
Os preços demasiado elevados das vendas e as dificuldades em encontrar pessoal com formação apropriada, também dificultaram as empresas do setor, acrescenta.