O escritor moçambicano foi distinguido por unanimidade com o Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca da Associação Portuguesa de Escritores, pelo livro “Compêndio para desenterrar nuvens”.
A obra é constituída por vinte e duas histórias que abordam o calvário de pessoas, com especial atenção para as vozes femininas, mas também a guerra, a fome, as secas e as “tóxicas relações de poder”.
O júri destacou a forma como Mia Couto, misturando sabiamente o código realista e o código imaginário sem nunca esquecer o registo lírico, continua a denunciar as injustiças de onde quer que elas venham.
O Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, instituído em 2023 pela Associação Portuguesa de Escritores, e patrocinado pela Câmara Municipal de Cascais e Fundação D. Luís I, destina-se a galardoar anualmente uma obra de contos em português.