Por LUSA
O evento “Independência 4.8” vai celebrar, a partir de sábado, na Fábrica do Braço de Prata em Lisboa, os 48 anos de independência angolana com arte e cultura, anunciou a organização.
Esta celebração, segundo o comunicado de imprensa enviado à agência Lusa, é coorganizada pelo Colectivo Leve Leve e pelo Núcleo de Artistas na Diáspora.
O objetivo é “juntar, no mesmo espaço, a arte e a cultura feita por angolanos radicados em Portugal, ou que tenham trabalhos em curso, neste país, relacionados com a efeméride” o “dia da Dipanda” (Independência), de 11 de novembro de 1975, segundo o comunicado.
De acordo com a organização, estão previstas, durante quatro dias – 11, 16, 23 e 30 de novembro -, várias atividades como debates, apresentações de obras literárias, projeções de filmes nacionais, atuações, poesia e música ao vivo.
No sábado, ao final da tarde, será inaugurada uma exposição em que participam os artistas Lino Damião, Armanda Alves, Pemba, Thó Simões, Don Ruelas, Zizi Ferreira, Francisco Babu e Indira Mateta.
No mesmo dia à noite haverá um jantar angolano acompanhado por um concerto da Banda Kioche, que convidou os artistas André Cabaço, Giel e João Moura.
Nas restantes quintas-feiras do mês, à noite, a Dipanda vai continuar a ser celebrada.
A 16 de novembro será exibida a curta-metragem “Uma Festa para Viver”, que “retrata os dias que antecederam a proclamação da Independência”. De seguida, vai haver uma conversa cujo tema é “Construções da História de Angola nos séculos XX e XXI”, com Alberto Oliveira Pinto, docente do Mestrado de Estudos Africanos na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e do Mestrado de Estudos de Desenvolvimento (Development Studies) no ISEG/ULisboa.
Dia 23 de novembro será exibida a curta-metragem “A Persistente Fragilidade da Memória”, produzida pela “Geração 80”, em 2015, e o filme “Angola nos trilhos da Independência”, “que traz memórias da luta contra o colonialismo”, de acordo com a organização.
Nessa data estará ainda presente o jornalista e escritor Israel Campos, o músico Kizua Gourgel e a DJ Indira Mateta.
Por fim, dia 30, a fundadora e coordenadora do projeto, com plataforma digital, “História Social de Angola”, Marinela Cerqueira, vai apresentar o livro “A Juventude Angolana no Período Pós-Colonial”. Posteriormente, vai ser exibido o filme “Canta Angola”, de Ariel Bigault, “focado na resistência dos artistas da música popular em tempos de conflito e de dramas sociais”.
As celebrações terminam com uma “Roda do Semba” com vários músicos convidados.
À meia-noite do dia 11 de novembro de 1975, em Luanda, Agostinho Neto, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) proclamou a Independência de Angola.
Naquela que viria a ser conhecida precisamente como a Praça da Independência, em Luanda, o líder do MPLA anunciou: “Em nome do Povo angolano, o Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola, proclama solenemente perante a África e o Mundo a Independência de Angola.”