O Presidente guineense tinha agendada para hoje uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, a qual foi adiada.
A Guiné-Bissau detém atualmente a presidência da CPLP, que assumiu na cimeira da organização, realizada em 18 de julho, em Bissau.
Entretanto, a porta-voz da Comissão Europeia para a política externa condenou a decisão da Guiné-Bissau. de expulsar do país órgãos de comunicação social portugueses, considerando-a uma “restrição lamentável” à liberdade de expressão.
Na sua conta na rede social X, Anitta Hipper escreveu ainda que a sociedade aberta deve poder contar com a diversidade de vozes.
Em Portugal, o Sindicato dos Jornalistas repudiou a decisão da Guiné-Bissau de expulsar os jornalistas da RTP, da RDP e da agência Lusa, classificando-a de brutal, e defendeu que o Governo português seja firme na defesa da manutenção destes órgãos de comunicação social.
No comunicado do sindicato dos profissionais da comunicação social portuguesa, pode ler-se ainda que os jornalistas são expulsos apenas por desempenharem a sua profissão, numa “decisão brutal que apenas tem exemplo em Estados que não respeitam a ordem democrática, os direitos humanos e onde o poder é exercido de modo autocrático”.
O sindicato afirma-se também “solidário com todos os guineenses” que trabalham nesses órgãos de comunicação social, proibidos de exercer a sua atividade desde a passada sexta-feira.