Por LUSA
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, condecorou o homólogo timorense, José Ramos-Horta, e o secretário-executivo cessante da CPLP, Zacarias da Costa, por ocasião da cimeira da CPLP que decorre hoje, na capital guineense.
Bissau recebe hoje a XV Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o anfitrião decidiu distinguir duas das personalidades associadas ao evento.
A Presidência da República divulgou hoje que, por decreto presidencial, que o chefe de Estado da Guiné-Bissau atribuiu ao Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, a medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção do Estado guineense.
Sissoco Embaló convidou o homólogo, prémio Nobel da Paz, para uma visita oficial à Guiné-Bissau “como forma de estreitar os laços de amizade, irmandade e cooperação que existem nos dois estados”.
Ramos Horta chegou a Bissau, na quinta-feira, e participa hoje na Cimeira da CPLP.
A condecoração, justifica a Presidência guineense, vem “enaltecer as excecionais qualidades do estadista timorense e exprimir o elevado apreço do povo guineense pela sua contribuição no fortalecimento das relações de amizade e solidariedade entre os povos guineense e timorense”.
A condecoração é ainda justificada “pelo seu importante contributo na aproximação e estreitamento das relações dos dois países”.
Ramos-Horta foi representante das Naçõees Unidas na Guiné-Bissau entre fevereiro de 2013 e junho de 2014.
O Presidente guineense condecorou, também, o timorense Zacarias da Costa, o secretário-executivo cessante da CPLP, porque “no desempenho das suas funções muito contribuiu para a preparação e para o êxito da XV cimeira realizada em Bissau”.
Zacarias da Costa foi agraciado com a medalha Ordem Nacional de Mérito, Cooperação e Desenvolvimento, “para expressar o justo reconhecimento da Guiné-Bissau pelo cumprimento exemplar da sua missão”.
A XV Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP decorre hoje em Bissau com a presença de cinco Presidentes e dois primeiros-ministros dos nove Estados-membro.
Pela primeira vez, Portugal não se faz representar ao mais alto nível, estando presente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
A cimeira vai oficializar a passagem da presidência da CPLP de São Tomé e Príncipe para a Guiné-Bissau, discutir recomendações e projetos, eleger o novo secretário-executivo e escolher a próxima presidência, com uma disputa anunciada entre o Brasil e a Guiné Equatorial.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.