Por LUSA/RTP
O Governo são-tomense anunciou hoje que, sábado, o preço da gasolina vai baixar de 37 para 35 dobras (1,47 para 1,40 euros) e o gasóleo de 35 para 33 dobras (1,40 para 1,32 euros).
O anúncio foi feito pelo ministro do Estado da Economia e Finanças, Gareth Guadalupe, invocando um decreto que disse existir desde 2018, segundo o qual “sempre que os preços ao nível dos mercados internacionais subirem acima dos 10% ou baixarem abaixo dos 10%, o Governo pode tomar a decisão de aumentar ou diminuir o preço”.
Segundo Gareth Guadalupe, sempre que havia um diferencial de preços a favor do Estado, os sucessivos Governos decidiram usar essas receitas e dar uma outra aplicação, mas o atual executivo decidiu fazer o contrário e “distribuir essas receitas com a população”.
“Por isso, a partir de amanhã (sábado), os preços nas bombas já terão que estar alterados para fazer refletir esta decisão que o Governo tomou no que tem a ver com a redução dos preços da gasolina e do gasóleo em duas dobras cada”, sublinhou.
Gareth Guadalupe afirmou que o preço do petróleo doméstico vai “manter-se constante” a 21 dobras (0,84 euros) por litro, porque o preço deste produto nos mercados internacionais está “muito acima”, mas o Governo decidiu “continuar a subvencionar” para manter o preço.
O ministro do Estado da Economia e Finanças referiu que o mecanismo de ajuste automático de preços vai continuar a ser aplicado, mas sublinhou que a intenção do Governo é evitar aumentos do preço do combustível no país.
“Neste momento nós conseguimos um fornecedor de combustível, que é um fornecedor que tem toda a logística nesta área, então, este Governo, tomámos a decisão de ir diretamente ao fornecedor e isso também pode manter o preço, a redução que nós estamos a propor agora, manter nas próximas importações”, declarou.
Com a redução do preço dos combustíveis, o Governo espera um impacto direto em alguns serviços, nomeadamente no preço dos transportes, que tiveram aumentos em função da última atualização.
“Naturalmente o mercado é livre, o Estado não pode impor, mas o Estado está à espera que haja sinais da parte desses agentes económicos, de forma a repassar esta decisão do Governo de, em vez de ficar com estas receitas e fazer uma outra aplicação, passar estas receitas para, diretamente, a população, a ver se alivia o custo da população. Por isso, naturalmente, nós, enquanto Governo, estamos à espera que este sinal que nós estejamos a dar seja, de facto, refletido no custo de vida da população”, sublinhou Gareth Guadalupe.