Por LUSA
A taxa de juro de referência para o crédito em Moçambique desce em janeiro mais 0,7 pontos percentuais, para 19,0%, o quarto corte mensal consecutivo, divulgou hoje a Associação Moçambicana de Bancos (AMB).
Desde 2018 que a taxa, conhecida como ‘prime rate’, estava em queda, até ao mínimo de 15,5% em fevereiro de 2021, quando a tendência se inverteu e a taxa começou a subir até atingir 24,1% em julho de 2023.
A taxa regressou aos valores de abril de 2023 (23,5%) em janeiro de 2024, após seis meses consecutivos em máximos de 24,1%. Desceu em março para 23,1%, em abril para 22,7%, em maio para 22,3%, em junho para 22%, em julho para 21,2%, valor que se manteve em agosto e setembro, descendo em outubro para 20,5%, em novembro para 19,8%, em dezembro para 19,7% e a partir de janeiro para 19,0%.
As oscilações da ‘prime rate’ estão associadas à taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da ‘prime rate’) pelo banco central, para controlar a inflação.
O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique anunciou no final de novembro nova descida da taxa de juro de política monetária, designada por MIMO, de 13,5%, em vigor desde final de setembro, para 12,75%.
“Esta decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspetivas da inflação em um dígito, no médio prazo, não obstante as incertezas quanto à duração da tensão pós-eleitoral e o seu impacto sobre os preços de bens e serviços”, justificou, em comunicado, o Banco de Moçambique, após a reunião do CPMO, que se realiza a cada dois meses.
A taxa de juro diretora estava fixada em 17,25% desde setembro de 2022, após a intervenção do banco central, que depois iniciou cortes consecutivos a partir de 31 de janeiro, quando reduziu para 16,5%. Em 27 de março cortou para 15,75%, em 27 de maio para 15%, em 31 de julho para 14,25% e em 30 de setembro para 13,5%.
A próxima reunião do Comité está agendada para 27 de janeiro.