Por LUSA
A Guiné-Bissau vai ter a partir de 2025 um centro do ensino do mandarim que vai funcionar na Escola Normal Superior “Tchico Té” em Bissau, anunciou hoje o ministro dos negócios guineense, Carlos Pinto Pereira.
O responsável fez o anúncio numa conferência de imprensa de balanço dos resultados alcançados pela diplomacia guineense durante 2024 em que, disse, a Guiné-Bissau “reforçou a sua posição na arena internacional”.
Entre os resultados, Carlos Pinto Pereira destacou a visita de Estado realizada pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló à China, na qual, entre outros assuntos, foi abordada a necessidade de Pequim abrir uma escola do ensino do mandarim em Bissau.
“Relativamente ao mandarim que estabelecemos com a República Popular da China, através do Instituto Confúcio, a sua importância é relevante, porquanto, nos próximos dez anos o mandarim vai ser uma das línguas mais faladas no comércio internacional”, observou o chefe da diplomacia guineense.
Carlos Pinto Pereira salientou que o país deve preparar-se para “ter alguma capacidade no mandarim e no árabe”, que disse, são línguas que se estão a posicionar para serem “dominantes” como já é o inglês, no ramo do investimento.
“As maiores potências hoje na área do investimento, quer público quer privado, vão ter essa proveniência (países) da Ásia, nomeadamente China, Vietname, Japão, Coreia, Índia. São países com grande capacidade e que nós estamos à procura”, reforçou o chefe da diplomacia guineense.
Carlos Pinto Pereira notou que as mesmas diligências são feitas junto de países do mundo árabe.
A estratégia é ter pessoas que consigam falar o árabe e o mandarim na Guiné-Bissau a partir de um centro aberto ao público a partir de 2025, disse Pereira.
O responsável salientou que os funcionários da diplomacia do país serão incentivados a se inscreverem no curso.
Carlos Pinto Pereira aproveitou a ocasião para anunciar que também em 2025 vai ser aberto, em Bissau, um centro de língua francesa com “o patrocínio da Organização Internacional da Francofonia” no quadro multilateral e bilateral da cooperação francesa.
O centro destina-se a capacitar, em língua francesa, os países africanos lusófonos, mas que pertencem também à Organização Internacional da Francofonia (OIF), disse Pinto Pereira.
A Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe são membros de pleno direito da OIF enquanto Angola já manifestou o interesse de passar a ser membro observador da organização.