Por LUSA/RTP
As Nações Unidas estão disponíveis para dar “todas as condições” à Polícia Judiciária (PJ) guineense no combate ao tráfico de drogas, disse a representante em Bissau da agência da ONU sobre a Droga e Crime Organizado (UNODC).
Acompanhada da nova coordenadora residente do sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, a canadiana Geneviève Boutin, a responsável da UNODC, Ana Cristina Andrade, visitou as instalações da direção central da PJ guineense, para apresentar felicitações sobre a recente operação que culminou na apreensão, no aeroporto de Bissau, de uma aeronave, procedente da Venezuela, com mais de 2,6 toneladas de cocaína.
O aparelho, um jato privado Gulfstream IV, e as cinco pessoas que vinham a bordo foram apreendidos e detidos pela PJ guineense e entregues ao Ministério Público.
Ana Cristina Andrade, de nacionalidade cabo-verdiana, notou que a UNODC acompanha o dossiê da apreensão da droga e a visita às suas instalações visou transmitir encorajamento.
A visita destinou-se a “fazer o reconhecimento e dar todas as condições para que a Polícia Judiciária prossiga o seu trabalho em estreita colaboração com as outras polícias a nível internacional, para que a rede envolvida nesta operação seja desmantelada”, precisou.
A responsável adiantou que a UNODC vai “mobilizar mais parceria, mais financiamento” para ajudar os esforços da Guiné-Bissau “na luta contra o tráfico de drogas e a criminalidade organizada”.
“Enquanto UNODC estamos satisfeitos pelo importante trabalho feito pela Polícia Judiciária”, declarou Ana Cristina Andrade, destacando que a forma como a operação foi desenvolvida revela a “confiança” na PJ guineense por parte de agências policiais internacionais.
Cristina Andrade afirmou que a sua agência vai continuar a acompanhar o dossiê, para que a operação tenha sucesso “em todas as etapas da justiça criminal”.
A responsável da ONU acrescentou que a ação desenvolvida pela PJ representará menos presença da droga na sociedade em geral, mais saúde e mais proteção para as crianças e adolescentes, mas também menos presença daquele produto a circular a nível regional e global.