Por LUSA
A Polícia da República de Moçambique deteve quatro funcionários do Hospital Provincial de Inhambane, sul do país, suspeitos de desvio de medicamentos e material hospitalar, anunciou fonte policial.
Um primeiro suspeito tinha sido detido em agosto, mas foi libertado semanas depois. Entretanto, recolhidos os elementos de prova, as autoridades voltaram a prender o homem, agora com três outros colegas, explicou à comunicação social o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) daquela província, Alceres Cuamba.
“Reunimos elementos de prova que culminaram com a detenção novamente deste indivíduo e outros três funcionários”, acrescentou.
Segundo dados avançados à Lusa pelas autoridades em agosto, os furtos de materiais informáticos e fármacos estavam avaliados em um milhão de meticais (14 mil euros).
As denúncias de desvio de medicamentos e material no principal hospital público de Inhambane ocorrem numa altura em que o Sistema Nacional de Saúde moçambicano enfrenta diversos momentos de pressão, provocados por greves de funcionários que alertam para a falta de material médico e uma situação de trabalho caótica, além de reclamarem de cortes salariais com a introdução da nova Tabela Salarial Única (TSU).
O país tem um total de 1.778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo dados do Ministério da Saúde consultados pela Lusa.