Por LUSA
As companhias aéreas cabo-verdianas realizaram 4.400 voos em 2023, que emitiram 23.886 toneladas de dióxido de carbono (CO2), segundo o primeiro relatório sobre o tema no país consultado pela Lusa.
De acordo com os dados da Agência de Aviação Civil (AAC) cabo-verdiana foram consumidos 9.448.900 litros de combustível. Já os voos internacionais (650) emitiram 18.784 toneladas de CO2 e consumiram 7.430.518 litros de Jet A-1.
Já os voos domésticos (3.750), emitiram 5.102 toneladas de dióxido de carbono e consumiram 2.018.382 litros de combustíveis para aviação.
Segundo o regulador cabo-verdiano, as operações internacionais foram responsáveis por 79% do total das emissões de CO2, enquanto as domésticas geraram 21%.
O primeiro relatório sobre este tema detalha as emissões de CO2 geradas pelas aeronaves dos operadores aéreos nacionais (TACV e TICV), incluindo todos os tipos de voos: regulares, não regulares, domésticos e internacionais, que têm como origem e destino Cabo Verde.
Em fevereiro, a TACV, que realizava apenas ligações internacionais, regressou aos voos interilhas e, desde finais de abril, é a única que faz as ligações domésticas, depois da saída da companhia angolana BestFly, que tinha a concessão da Transportes Interilhas de Cabo Verde desde 2021.
As informações utilizadas na elaboração no primeiro relatório sobre as emissões de CO2 da aviação civil cabo-verdiana foram fornecidas pelas duas operadoras aéreas durante o período de janeiro a dezembro de 2023, avançou a AAC.
A mesma fonte observou que o ‘software’ AES apenas cobre a produção de informações sobre aeronaves mais eficientes em voos internacionais, bem como informações sobre as rotas mais eficientes e menos eficientes em termos de consumo de combustível em voos internacionais.
A AAC salientou no relatório que os esforços técnicos e financeiros à coleta de dados sobre as emissões de CO2 no setor da aviação civil irão permitir concretizar projetos em matéria de proteção ambiental no arquipélago.
A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) está a adotar “inovações práticas e eficientes” para promover a descarbonização e combater as alterações climáticas, frisou a AAC de Cabo Verde no documento.
A OACI tem também um Plano de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional, atualmente com 126 países aderentes, mas Cabo Verde ainda não aderiu voluntariamente.
Entretanto, a AAC avançou que tem consistentemente submetido as informações anuais sobre emissões de CO2 da operadora aérea nacional desde 2019 e agora realiza o seu primeiro relatório sobre o tema.