Por LUSA
O Banco de Cabo Verde (BCV) anunciou que emite em média 2,3 milhões de moedas por ano e atualmente existem em circulação no país quase 69 milhões, após notícias sobre alegada escassez no mercado.
“Da atual emissão de moedas em circulação foram produzidas, aproximadamente, 70 milhões de moedas, sendo que o BCV emite, anualmente, em média 2,3 milhões de moedas”, avançou o regulador cabo-verdiano, enquanto responsável pela emissão.
O esclarecimento acontece após uma reportagem publicada na quinta-feira pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), que dava conta da escassez de moeda na cidade da Praia, com reclamações em lojas, supermercados e mercados municipais.
O regulador bancário cabo-verdiano referiu que, ao longo dos anos, tem vindo a reforçar o ‘stock’ de moedas para atender à procura do mercado.
O BCV recordou que, em setembro de 2021, fez um reforço de 5,4 milhões de moedas, tendo colocado em circulação, de imediato, 54,4% da quantidade total produzida para fazer face às necessidades do mercado.
“Atualmente, em Cabo Verde, existem em circulação 68,9 milhões de moedas, em todas as denominações”, contabilizou.
Além das moedas correntes, a mesma fonte afirmou que se encontram em circulação diversas moedas comemorativas usadas também para efeitos de pagamento.
O Banco de Cabo Verde acrescentou que está a preparar uma campanha de sensibilização para incentivar os consumidores que possam ter moedas guardadas em casa para que as depositem nos bancos, e/ou as utilizem nos pagamentos do dia-a-dia.
“Considerando a quantidade de moedas, atualmente, em circulação, o BCV apela à população em geral no sentido de não as reter em casa, devendo efetuar o seu depósito junto dos bancos comerciais e utilizá-las como meio de pagamento, contribuindo para a sua efetiva circulação”, pediu.
O regulador também pretende realizar uma pesquisa de mercado, para perceber a utilização que tem sido conferida à moeda, para, posteriormente, planear políticas sobre a sua produção, distribuição, processamento e fiscalização.
“Os resultados do inquérito poderão, também, auxiliar o Banco Central a melhorar a comunicação junto dos cabo-verdianos, transmitindo a ideia da importância de se fazer o bom uso do meio circulante”, salientou o BCV, que incentiva os consumidores a fazerem pagamentos através de instrumentos eletrónicos.
O BCV adiantou que não tem informações concretas sobre suposta fundição de moedas no país, mas alertou que está “em estreita articulação e coordenação” com a Polícia Judiciária com vista à investigação de eventuais práticas ilícitas.