Por LUSA
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse à agência Lusa, em Marraquexe, que conter as despesas correntes, limitar as transferências orçamentais e aumentar as receitas é fundamental para a Guiné-Bissau garantir a estabilidade orçamental.
“O aumento das receitas internas e das doações, a contenção das despesas correntes e a limitação das transferências orçamentais serão fundamentais para assegurar a sustentabilidade orçamental”, disse o economista Thibault Lamaire em entrevista à Lusa, à margem dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorreram esta semana em Marraquexe, Marrocos.
O economista do departamento africano e um dos autores do relatório sobre as Perspetivas Económicas Regionais para a África subsaariana salientou que “a atividade económica deverá diminuir para 4,2% este ano, afetada por uma diminuição dos preços internacionais e das exportações de caju e choques externos adversos”, mas sublinhou que deverá recuperar ligeiramente para 4,5% no próximo ano.
O FMI baseia esta previsão “numa campanha de caju positiva e na execução de projetos de infraestruturas e no maior apoio dos doadores”.
Apesar disso, conclui Thibault Lamaire, “o país continua a ser negativamente afetado pelo efeito que a guerra na Ucrânia tem tido sobre os preços dos combustíveis e produtos alimentares importantes, com a inflação a subir para 8% em 2023”.