Por LUSA
O Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano iniciou uma missão a São Tomé e Príncipe que marca o arranque do projeto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana no mundo.
“Com esta grande operação estatística, procuramos saber onde estão esses cabo-verdianos que decidiram emigrar ao longo da nossa história, quantos são, quem são e como vivem, definindo o seu perfil, enquanto parte da população cabo-verdiana expatriada em mais de 40 países”, anunciou o INE, em comunicado.
O ponto de partida “reflete a grande importância reservada às comunidades cabo-verdianas residentes em São Tomé e Príncipe”, acrescentou.
Depois da deslocação ao arquipélago são-tomense, terá lugar a primeira Mesa Redonda Internacional sobre o Mapeamento da Diáspora no Mundo, a 22 de junho, no Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa.
O projeto é apoiado pelo Banco Mundial e visa responder “a um dos desafios centrais do programa do Governo, conferindo centralidade à diáspora cabo-verdiana, tanto na mudança de paradigma em relação à cultura de governação do país, quanto no seu processo de integração”, concluiu.
Cabo Verde tem cerca de 500 mil habitantes em nove das dez ilhas do arquipélago e uma diáspora três vezes maior, cerca de 1,5 milhões, que vivem principalmente nos Estados Unidos, Portugal, França, Holanda, entre outros países.
A diáspora cabo-verdiana tem uma forte influência na cultura e na economia do país, devido às remessas enviadas para familiares e às ligações mantidas com a terra natal.