Por LUSA
O Presidente do Quénia, William Ruto, manifestou ao seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, a disponibilidade do seu país em oferecer 500 bolsas de estudos para formação de quadros da Guiné-Bissau.
A disponibilidade de Ruto foi transmitida a Sissoco Embaló numa declaração conjunta que os dois chefes de Estado fizeram à imprensa no palácio da presidência guineense, no âmbito da visita de Estado do chefe de Estado queniano a Bissau.
“O Quénia está disposto a formar quadros guineenses nas áreas da segurança e da saúde, entre outras áreas. Para os próximos cinco anos, o Quénia está disposto a disponibilizar para o Governo da Guiné-Bissau 500 bolsas de estudos para formar recursos humanos do vosso país”, declarou William Ruto.
O líder queniano, agraciado por Embaló com a medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção do Estado guineense, disse que esta disponibilidade é parte do compromisso do seu país em apoiar o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
O Presidente guineense afirmou que o país poderá beneficiar de “uma longa experiência” do Quénia nos domínios da agricultura, saúde, educação, luta contra as alterações climáticas e conservação do Ambiente no seu todo.
“Queremos ampliar as trocas comerciais entre os nossos dois países e reforçar as trocas entre as entidades públicas, privadas e a sociedade civil” dos dois países, assinalou Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente do Quénia disse que vai considerar o pedido feito por Sissoco Embaló no sentido de incluir a Guiné-Bissau na rota da companhia de bandeira nacional queniana, a Kenya Airways.
William Ruto salientou que, no âmbito da facilitação de trocas comerciais e da livre circulação de bens e serviços, o Quénia suprimiu vistos de entrada para vários países africanos e anunciou que a Guiné-Bissau deverá passar a beneficiar das mesmas facilidades.
Ruto apontou ainda para a necessidade de a União Africana avançar para reformas que possam dotar a instituição de um “poder executivo mais forte” e um parlamento reformulado, “que possa trazer responsabilidade e seguimento”.
“Definitivamente, precisamos de um tribunal de justiça africano para julgar e lidar com assuntos ligados à justiça”, observou o líder queniano.
William Ruto acrescentou ser necessário que África se dote de um Banco Central Africano, um Fundo Monetário Internacional Africano, um Banco de Investimento Africano e de uma agência pan-africana para facilitar o comércio e o desenvolvimento no continente.
Ruto precisou que estes são assuntos já abordados por vários líderes africanos e que agora foram também tema de conversa com Umaro Sissoco Embaló.